Escrevo sobre o desejo.

Para não parar de desejar.

Sobre

Escritora, jornalista e doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Nascida em São Luís (MA), em 1989. Como toda millennial, ainda acredita que a internet é um universo que nos convida à criação. 

Na verdade, até hoje não sei se senti ou ouvi primeiro. Aquele barulho agudo de mão espalmando carne macia. O barulho e a surpresa, que saiu na forma de gemido.

Também não sei exatamente qual foi a sensação. Ou pior, se senti, se doeu, se ardeu. Não teve nada a ver com isso. Foi tipo um puxão, sabe, um solavanco. Como se Ele tivesse interrompido meu movimento e me puxado de volta. Nem sabia que ia longe, mas a palmada, a palma dele, o pá agudo, o vermelho que iria ficar, me trouxeram de volta abruptamente. De volta de onde?

Não sei, mas, por alguns segundos, fui só carne, só contato, ali, eu existia e pulsava naquele pequeno ponto onde o vermelho começava a se desenhar na minha bunda. Não sei se dá pra entender, parece que tô filosofando, mas, se fosse filosofar mesmo, poderia simplesmente dizer o que constatei naquele momento: meu rabo lateja, logo, existo.

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Contos

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